Santana propôs, Manuela achou muito bem, os quatro candidados assobiaram para o ar, o congresso aprovou por esmagadora maioria o fim da liberdade de expressão no PSD. Instituíu e passa a punir o delito de opinião.
De Santana não admira: vingou-se de si próprio e da sua total incompetência.
De Manuela não admira: deixa o seu legado, ela é assim.
Dos candidatos a líder não admira: talvez lhes viesse a dar jeito no futuro.
Do Congresso não admira: quer o poder a qualquer preço.
E, pelos vistos, o caminho para o poder é feito pela unidade do partido, logo nem que seja silenciando a opinião, nem que seja à força, nem que seja suprimindo a liberdade de expressão e castigando a opinião diferente e divergente.
Bem, depois, perante o bruá da crítica à instituição da "lei da rolha" os candidatos lá vieram dizer que não e assim e com eles não seria assim e depois vão mudar etc...
Mas lá, no congresso, ficaram em silêncio...
É grave. Ainda por cima tendo o PSD passado o tempo a denunciar a "asfixia democrática" e andando a tempo inteiro ocupado com a "defesa" da liberdade de expressão etc etc.
É grave. O PSD é um partido democrático essencial à democracia e ao país.
Por isso esta deriva autoritária é intolerável.
Sou do PS, acredito na militância nos partidos como exercício de cidadania e de participação democrática essencial à vivência da democracia e da liberdade.
E não venham dizer que esta é uma questão interna do PSD e que não nos devemos imiscuir. Não. É uma questão de todos nós, os que acreditamos na liberdade, na liberdade de pensamento e de expressão, os que recusamos o delito de opinião.
A bem da liberdade, da democracia e do nosso país, é necessário que os militantes do PSD e os portugueses se ergam na recusa desta nova personalidade autoritária do PSD e o reconduzam de novo à normalidade democrática.
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