Duas Margens

BEM VINDO ÀS DUAS MARGENS

Espero que possamos partilhar a vontade de construir pontes e passagens, certos de que todas a pontes e passagens têm pelo menos 2 entradas e que todas as entradas são também saídas. Às vezes não importa tanto onde entramos e por onde saímos, mas o que no percurso fazemos juntos.

quinta-feira, 4 de março de 2010

... E UM GRANDE SILÊNCIO FEZ-SE...

António Barreto deu uma entrevista ao Expresso.
Disse: "...se a justiça ajudasse e não houvesse alguns bandidos - ou na magistratura do Ministério Público ou na magistatura judicial -, que fazem fugas de informação sistematicamente (...)" acrescentando "Acho que há pessoas nas magistraturas a ganhar fortunas a vender informações em segredo de justiça..."

Rui Rangel, Juíz Desembargador, em Correio da Manhã, 04 de Março de 2010, num artigo intitulado "A Infâmia de Barreto", ataca duramente aquelas declarações de Barreto, acabando por se espantar. Diz "O que me espanta é que ninguém da justiça se tenha erguido perante estas falsas e ofensivas acusações. O Conselho Superior da Magistratura, a Procuradoria-Geral da Repúbica, a Associação Sindical dos Juízes e o Sindicato do Ministério Público nada disseram, remeteram-se ao silêncio. Então, a imputação de crimes públicos não justifica, por si só, a abertura de um inquérito?"

Rui Rangel, Juíz Desembargador, coloca o dedo na ferida: Porque é que toda a gente ficou calada? Porquê este silêncio ensurdecedor? Porque é que parece que ninguèm leu a entrevista de António Barreto? Porque é que toda a gente assobia, olhando para o lado?

Mas Barreto disse: "Bandidos" e "pessoas nas magistraturas" e "a ganhar fortunas" e "a vender informações em segredo de justiça".
E Barreto não o disse num jornal ou numa radio local.
Barreto disse o que disse alto e bom som. Foi no Expresso.

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