Duas Margens

BEM VINDO ÀS DUAS MARGENS

Espero que possamos partilhar a vontade de construir pontes e passagens, certos de que todas a pontes e passagens têm pelo menos 2 entradas e que todas as entradas são também saídas. Às vezes não importa tanto onde entramos e por onde saímos, mas o que no percurso fazemos juntos.

domingo, 1 de agosto de 2010

CHUMBOS, RAPOSAS, REPROVAÇÕES, RETENÇÕES

Aprendi nos últimos dias, com o coro da nossa oposição inteira, que:
1. Os chumbos etc... constituem um dispositivo de qualificação do sistema educativo português.
2. Os chumbos etc... são uma instituição de combate ao facilitismo no sistema educativo português.
3. Sem chumbos etc... o sistema educativo português afunda-se.

Comentários:
1. Por que será que, sendo o chumbo etc...um dispositivo do sistema educativo há tantas décadas , a qualidade do sistema é a que é e os resultados são os que são?
2.Porque será que sendo o chumbo etc uma instituição do sistema educativo há tantas décadas passamos a vida a ouvir denunciar o seu facilitismo?
3. Porque será que sendo o chumbo etc... um dispositivo e uma instituição do nosso sistema educativo há tantas décadas, a sua qualidade e os seus resultados parecem, de acordo com os diagnósticos conhecidos, a qualidade e os resultados de um sistema no fundo?
Já agora: os sistemas educativos dos países onde este dispositivo e esta instituição não existem (ouvi falar nos países nórdicos, a Finlândia, mas também o Japão), são mais desqualificados e mais facilitistas que o nosso?
Já agora ainda: desqualificação e facilitismo não será dar aos alunos de 2 (ou de 7, na escala de 0 a 20) 3 ou 10 para poderem passar...?
Podemos rejeitar a mudança, assim, de uma penada baseada em puros preconceitos?
Ou devemos pondera-la, de mente aberta e estudando a experiência dos outros?
Rejeitar a mudança porque sim é puro conservadorismo.

2 comentários:

  1. A Competividade e espírito empreendedor, associados à capacidade de atingir objectivos, começa nos bancos da escola, mas sem facilitismos. A reprovação é o alerta máxima para o empenho de um aluno e, também a forma, de diferenciar quem estuda e quem se empenha. Não há que ter medo da palavra diferenciar. Ela acompanha-nos em toda a vida..

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  2. Posso diferenciar na avaliação. Um 4 é um 4, um 16 é um 16... muitas vezes "dá-se" o 10 (ou o 3) para o aluno "passar"... Se o aluno fizer a seu percurso escolar com a avaliação e a classificação que merece (seja 4 seja 16) qual é o problema? Isso é rigor... e responsabilização. E não é diferenciação? Diferenciamos o valor do percurso escolar, que e o que importa. E isto exige mais rigor na avaliação...

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