Duas Margens

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Espero que possamos partilhar a vontade de construir pontes e passagens, certos de que todas a pontes e passagens têm pelo menos 2 entradas e que todas as entradas são também saídas. Às vezes não importa tanto onde entramos e por onde saímos, mas o que no percurso fazemos juntos.

terça-feira, 9 de março de 2010

RECURSOS...

"A própria China usa 45 milhões de pares de pauzinhos descartáveis por ano, 1.66 milhões de metros cúbicos de madeira"
... e o autor propõe que os chineses considerem a hipótese de passar a comer à mão...

Zou Hanru, crónica no China Daily, Out 2005
citado por Thomas L Friedman, "Quente, Plano e Cheio", Actual Editora p.82

5 comentários:

  1. A proposta será de Zou Hanru ou de Thomas L Friedman? Fico com a ideia que seja deste último, entendendo que num chinês a falar o mais normal seria propor "...que os americanos e europeus considerem a hipótese de passar a comer à mão..."

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  2. Não. É mesmo Zou Hanru. A análise de Friedmam, aliàs, é de que a China, e a Ásia em geral, estao a seguir o modelo de crescimento americano, quando temos necessidade de mudar de modelo, mudança que, segundo ele, os americanos deviam liderar.
    A gestão de recursos na China, pela China, é crucial dado o seu peso global...

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  3. Quando no anterior comentário inverti a importância relativa dos estados estava só a pensar na dimensão da China...
    Não li as obras de Friedman nem connhecia Zou Hanru. Das frases transcritas depreendo um tom "malthusiano" que o passado tem desmentido várias vezes. Voltar a comer à mão? É para levar à letra? Não faz sentido.
    Liberdade e conhecimento hão-de resolver os desafios.
    Hoje, perseguir "modelos" parece desperdício de tempo e arriscado. "Os americanos" ou "os chineses", apesar da dimensão, não são conjuntos coesos que consigam impor modelos. A Google é, mas não é a mesma coisa...
    a mudança é muito rápida, a cada momento são atirados ao "mercado global" muitas alternativas. A maior parte delas fracassam. São os consumidores, não os produtores, que tendem a decidir o futuro, e estes não estabelecem uma estratégia única comum, vão evoluindo de forma caótica/natural. Até à catástrofe? Só a diversidade parece poder evitá-la.
    Quando penso nestas coisas lembro-me muito da "História Natural do Universo - do Big Bang ao desaparecimento do Homem", um livro de Claude Allegre que já li há uns anos e me deu uma perspectiva interessante sobre os desígnios da humanidade.Recomendo.
    Havendo um tempo tentarei dar uma vista de olhos nessas "planícies" de Friedman :)

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  4. Sim, concordo. A questão dos pauzinhos equivale a uma metáfora. Dirá que temos que pensar noutra maneira de fazer as coisas.Friedmam, neste livro, propõe o que chama Código Verde. Parece-me uma abordagem nova e muito interessante. Procurarei ler o livro que sugere, que não conheço.

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  5. A referência exacta do livro é: "Introdução a uma História Natural: Do Big Bang ao Desaparecimento do Homem", Claude Allègre, Teorema, Lisboa 1993.
    A "ficha da Gulbenkian": http://www.leitura.gulbenkian.pt/index2.php?area=rol&task=view&id=12821&print=no

    Claude Allègre é geólogo e foi ministro da educação de França. O livro está cheio de explicações simples para fenómenos complexos e é muito bem escrito.

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