Acabei de ouvir, no Prós e Contras, o Professor José Tribolet. Falou, com toda a propriedade, e como lhe é habitual, na necessidadede de uma cultura de valoriação do trabalho e da disciplina. E destacou um ponto que me toca, mas que é típico ser desvalorizado em Portugal. A pontualidade. Mais: quase se faz dele uma característica "genética" positiva dos portugueses: chegar tarde, começar tarde, acabar tarde, o vale mais tarde que nunca. Referiu o impacto deste fenómeno no nosso PIB...
Concordo. Disse muitas vezes que a gala que os portugueses fazem em andar atrasados é primeira causa no nosso atraso estrutural. Imaginem as horas que se perdem num dia, num mês, num ano, com o tempo que se perde a chegar atrasado e a esperar... Onde andei, nas coisas em que participei, não só nos países da Europa Central ou do Norte mas também na Espanha, na França na Itália (os latinos) as coisas, a reuniões, o que que for, começa a horas e acaba a horas. Já se percebeu há muito que trabalho é trabalho, que reuniões são instrumentos de trabalho. Nós não.
Devíamos lançar um programa nacional para a pontualidade.
Talvez seja uma ponta para desatar o nó do nosso atraso... e lançar uma cultura da responsabilidade, do trabalho, da exigência, da disciplina.
De resto, há sempre tempo para tudo. E haverá tanto mais quanto menos perdermos.
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