Duas Margens

BEM VINDO ÀS DUAS MARGENS

Espero que possamos partilhar a vontade de construir pontes e passagens, certos de que todas a pontes e passagens têm pelo menos 2 entradas e que todas as entradas são também saídas. Às vezes não importa tanto onde entramos e por onde saímos, mas o que no percurso fazemos juntos.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

AGENDA DE LISBOA. 10 ANOS. E AGORA?

A Europa falhou a Agenda de Lisboa.
O Ministro das Finanças veio, em Lisboa, juntamente com a sua homóloga espanhola, dizer isso mesmo.
Adoptada há 10 anos para, justamente em 10 anos, impulsionar a Europa para se tornar a economia do conhecimento mais competitiva do mundo, pela primeira vez vejo um responsável confessar o seu fracasso. Mesmo que se manifeste optimista para os próximos 10…
Porque falhou a Europa esta estratégia?
Onde falhou? Que países foram determinantes neste falhanço? Em que países se registaram mais e melhores progressos? Como retomar o fôlego e relançar, actualizando, esta Agenda? Ou deve ser substituída por outra?
E Portugal? Como desenvolveu Lisboa a Agenda de Lisboa? Em que nos empenhámos estes 10 anos? Que êxitos registámos? Que fracassos averbámos?
A questão é central. O mundo andou. As economias emergentes cresceram. Ainda tínhamos, há uns anos, a expectativa de que o crescimento das economias asiáticas, da Índia, da China, se faria se faria em áreas de mão de obra barata e desqualificada, de que as actividades e os serviços baseados no conhecimento permaneceriam ocidentais e que a Europa daria cartas.
Enganámo-nos. Nem a Europa reforçou a sua capacidade de dar cartas, nem os asiáticos se ficaram pela economia da mão de obra desqualificada. Avançaram, decididos, na economia do conhecimento. Na formação de cientistas, engenheiros, técnicos, licenciados, doutorados, …
A questão é grave.
É precisa uma avaliação séria, sistemática, exaustiva. A reorientação necessária. Na Europa. Em Portugal. Precisamos de um Relatório de Avaliação da Agenda da Lisboa em Portugal. Rapidamente.
Para abordar os próximos 10 anos com a convicção de que, daqui a 10 anos, não vamos estar a confessar um novo fracasso.
E pode a Europa suportar novo fracasso?

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