Duas Margens

BEM VINDO ÀS DUAS MARGENS

Espero que possamos partilhar a vontade de construir pontes e passagens, certos de que todas a pontes e passagens têm pelo menos 2 entradas e que todas as entradas são também saídas. Às vezes não importa tanto onde entramos e por onde saímos, mas o que no percurso fazemos juntos.

sábado, 2 de janeiro de 2010

A IMPORTÂNCIA DAS PALAVRAS

Reagindo à comunicação do Presidente, Francisco Assis reiterou a disponbilidade do PS para o diálogo, de olhos postos no OE. Reiterou que há um Programa de Governo legítimo e isso...O PSD, através de Marques Guedes, diz que também, mas atribui ao PS a iniciativa... e lança a farpa dizendo que o PS não pode sacudir a água do capote. O CDS também. O PC está aberto, mas só se for para... O Bloco idem... A palavra é disponibilidade. É fraco e resignado. E a vontade?
O que me parece é que o PS não pode e não deve acmpar na disponibilidade. O PS deveria afirmar o seu empenhamento, a sua vontade e assumir a liderança de um processo alargado de negociação e de concertação política. Não só no Parlamento. No País. Estar disponível é estar sentado, à espera. É ver esse diálogo como localizado, pontual e instrumental. Localizado no Parlamento. Pontual, caso a caso, quando e se necessário. Instrumental e não estratégico, apenas para desobstruir dificuldades no caminho, não para definir e construir o caminho. Assis afirma a diponibilidade para o diálogo como uma inconveniência necessária, como um acidente de percurso. É minimal e, acho eu, não percebeu a importância e a relevância política, estratégica e táctica da coisa. Ela é central para o PS e o Governo assumirem a iniciativa e a liderança da agenda e mudar o estado de coisas. A Oposição atira para as costas do PS, ou põe-se de fora. Tem que ser confrontada.
Cavaco deu ao PS/Governo a oportunidade. Cavaco colocou a oposição sob pressão.
O PS não pode passar ao lado. Ou, como diz o outro, pode, mas não será a mesma coisa.
O País perderá. O PS também.

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